Artigo publicado no Asian Pacific Journal Cancer Prevention (2015) e discutida em reunião da equipe de professores do CT Selfgym/Osasco - HAOC . A diminuição da
musculatura esquelética e sua função são definidas como Sarcopenia. Tem como características a inatividade física, diminuição da mobilidade, dificuldade da marcha e
diminuição da resistência muscular e aumento do cansaço para as atividades do dia a dia. Na Europa um Grupo desenvolveu um trabalho para avaliar Sarcopenia em
idosos que tem sido usado em todo mundo, e utiliza quatro métodos: - Densitometria Óssea - Tomografia Computadorizada - Ressonância Magnética - Bioimpedância
Na Ásia a avaliação da força é medida pelo Handgrip(dinamômetro de mão). Pacientes com câncer são expostos a vários fatores que levam a Sarcopenia, incluindo: -
idade - comorbidades - desnutrição -Sedentarismo - derivação de fatores tumoriais - diversas terapias (Cirurgia/Quimioterapia/ Radioterapia/ Hormonoterapia /
imunoterapia). A Sarcopenia em pessoas com câncer varia entre os tipos de estágio da doença. Em mulheres com câncer de mama é de 16%, mais comum do que em
mulheres pós-menopausa. Pessoas com Câncer de Fígado Que tiveram a retirada Parcial do fígado é de 40,3%. Incidência de 33% em pessoas com Câncer nos tubos
delgados e em pessoas com câncer de Pulmão avançado é de 71%. Em pessoas com mais de 70 anos a quimioterapia aumenta significativamente a perda da Massa
Muscular. Em muitos tipos de câncer a Sarcopenia foi mostrada por ser um fator prognóstico para a progressão da doença e diminuição da sobrevivência. A Sarcopenia
também aumentou a toxicidade em pacientes com câncer de mama, comparados com pacientes não-sarcopênicos. A Sarcopenia também foi associada com o aumento
do grau de toxicidade tanto no tratamento primário quanto no câncer metastático. Da mesma forma, pacientes tratados com quimioterapia apresentaram maior
toxicidade sanguínea e diminuição dos glóbulos brancos. Embora a quimioterapia esteja associada a melhora de qualidade de vida e sobrevida dos pacientes, em todos
os casos, há dados mostrando alterações negativas na massa muscular e em sua função, associado a diminuição da sobrevida, já o ganho de massa muscular está
associado a maior média de sobrevivência total. Concluímos então, que, quanto mais cedo diagnosticar a Sarcopenia, fica mais evidente a necessidade do treino de
força na qualidade de vida e sobrevida dos pacientes com câncer.